Desde tempos imemoraveis, inúmeros tipos de drogas mantiveram o ser humano preso ao seu uso, o que trouxe para nossos tempos atuais uma situação semelhante a uma epidemia, com milhões de pessoas dependentes ao redor do mundo. A dependência química é uma doença séria e grave e deve ser tratada como tal, procurando ressocializar quem apresenta os sintomas e, em muitos casos, até mesmo salvar vidas. Um dos grandes problemas apresentados para o tratamento de dependência química é a falta de informações sobre a doença, fazendo, muitas vezes, com que o dependente seja tratado como uma pessoa sem vontade, sem amor á familia e sem qualquer propósito na vida. Podemos considerar que pelo menos 10% da população mundial tenha alguma espécie de dependência química, com pelo menos 15% das que experimental algum tipo de droga tenham a compulsão para desenvolver a doença. A dependência é devida, principalmente, a fatores genéticos, tendo sido comprovado que os dependentes sempre apresentam algum caso na família.

A dependência química aumenta pa medida que surgem os problemas normais da vida de uma pessoa, como questões escolares, familiares e profissionais. Ao se sentir pressionado por qualquer problema, o dependente tende a consumir mais drogas para aliviar a sua depressão ou ansiedade, para eliminar a culpa e o medo, para não sentir raiva ou vergonha. Desta maneira, quando mais procura alivio na fuga mental, mais fica preso em suas armadilhas, tornando-se física e emocionalmente uma vítima da dependência química. Depois de fazer uso das drogas e sentir que os efeitos estão passando, quem sofre de dependência química passa por uma crise de abstinência, sentindo a falta e apresentando sintomas específicos para cada tipo de droga, mas sempre mostrando depressão, ansiedade, confusão mental, insônia, falta de apetite e, em geral, muita angústia, o que faz com que retornem ao uso das substâncias tóxicas, criando um círculo vicioso. Muitos dos que sofrem de dependência química se utilizam de drogas cada vez mais fortes para suportar a crise de abstinência e o uso compulsivo faz com que percam totalmente a capacidade de raciocinar, de analisar o que estão fazendo e de tomar uma posição séria na vida. Um dependente se faz ele próprio refém do vício, enquanto que sua família se torna refém de seu comportamento, ou seja, cria uma situação de instabilidade e de confusão ao seu redor, cavando um poço de onde só poderá sair através do tratamento dependência química.

A dependência química gera mudanças de comportamento, promove perdas afetivas, transforma as amizades, traz problemas profissionais e financeiros, enfim, destrói a vida de qualquer pessoa. Uma pessoa dependente, sozinha não é capaz de se curar, precisa de um tratamento dependência química, geralmente numa Comunidade Terapêutica, mesmo que faça tentativas de se curar, mesmo que negue que precisa de ajuda, mesmo que não saiba analisar que as drogas estão sendo um problema em sua vida.

FASES DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA:

Fase 1 – Uso inicial das drogas

A princípio, uma pessoa pode experimentar qualquer droga apenas por curiosidade, sendo influênciada por amigos ou mesmo aceitando alguma oferta. No caso de haver predisposição á dependência química, a reação de prazer irá fazer com que procura novamente esconder-se em seu vício, sempre querendo aumentar a sensação experimentada na vez anterior. Esta é uma fase em que as drogas ainda não apresentam sintomas que possam ser notados, sendo considerado um uso apenas associado á diversão e ao prazer.

Fase 2 – Abuso no uso das drogas

A segunda fase da dependência química é quando o usuário sente vontade compulsiva e repetida de fazer uso de alguma droga ou de várias delas, apresentando alterações no seu comportamento, gerando problemas familiares e profissionais, criando situações onde reage com violência, provocando brigas e acidentes, tendo oscilações de humor, discutindo por qualquer besteira e, muitas vezes, tendo perda de memória.

Fase 3 – Dependência Química

 A fase de dependência química total é quando o usuário para de frequentar ambientes sociais, foge dos familiares, muda seus hábitos e busca companhia de pessoas que também fazem uso de drogas. Nesta fase, o usuário muda suas amizades e seu estilo de vida, procurando os interesses do novo grupo, demonstrando que está usando agum tipo de droga com mais frequência, sem perceber que está mudando. As brigas começam a acontecer, com discussões na família, demonstrando que o problema está mais grave do que se pensava.

Havendo a mudança de comportamento, a família deve, o mais rápido possível procurar uma Comunidade Terapêutica para dependentes químicos, evitando que a situação chegue ás etapas mais graves, quando o dependente não pensa mais que está tendo problemas pelo uso de drogas, mas sim que está usando drogas porque tem problemas.